Hoje em dia, não é mais novidade para ninguém que a classe C se tornou a maior classe econômica do país. Porém, para começar uma análise sobre as conseqüências desse fato e como o varejo tirará vantagem competitiva com isso, é oportuno fazer um breve repasse da situação atual desse grupo.
Em últimas pesquisas divulgadas, como por exemplo a do instituto de pesquisa IPSO em parceria com a financeira francesa Cetelem, revelam que a classe C no Brasil conta com 86 milhões de pessoas (46% da população), a maioria advinda das classes D/E e apenas uma pequena parte da classe B. Entre os motivos, os principais são: a concessão de créditos as pessoas de baixa renda, a evolução dos programas sociais do governo como o bolsa família, o aumento do salário mínimo (12%) e a força do mercado interno que gerou de certa forma mais empregos de baixa remuneração.
A renda média da nova classe C no último ano foi de R$ 1.062,00 mensais. Isso aumentou o poder de compra dessa classe que mostra os mesmos desejos de consumo que as classes A e B por telefones celulares, televisão, computador e itens para decoração de casa. São consumidores ávidos por tecnologia e exigentes na qualidade, pois sabem que não possuem muito dinheiro para corrigir uma compra errada.
Diante desse novo poder da classe C surge o grande desafio para o marketing dos varejos de como conseguir uma fatia desse novo mercado consumidor. A seguir vamos ver exemplos das atitudes tomadas pelas grandes redes de varejo e como que as ferramentas de inteligência competitiva podem facilitar frente esse novo cenário.